As flores na estrada já viram tanto passar
Crescendo em direção ao sol e sem nunca alcançar
Já viram os passos
Que pararam logo ali
Por cansaço ou tristeza
Já viram pegadas
Que nunca chegaram a pisar
Pés rápidos em busca de sonhos
Alcançados?
Nunca voltaram para contar
Eles nunca voltam, depois de chegar
Nunca vem contar como foi a estrada
Qual caminho tomar
Como foi a viagem
Valeu a pena?
Faria de novo?
As flores à beira só se preocupam
Com seu próprio perfume
Se inebriam com o perfume das que lhe cercam
Seu próprio perfume
As cores que lhe cercam
Suas próprias cores
O vermelho e o amarelo brilhantes
Se encantam com os passos lentos
Sonhadores
Letárgicos
Como de quem observasse a paisagem
E visse o que escapa ao outros
Que não quer o fim da estrada
O alcançar
E sim o meio
O sentir, o experimentar
O ver e o tentar.
As flores da estrada se alegram com as crianças
E se entristecem com a perspectiva
De deixarem de ser crianças
O tempo passa para as crianças e flores
O vermelho vira negro
As crianças perdem o riso
Não mais buscam atalhos
Nem mais sonham com uma estrada de ladrilhos
Não cantam
Só se resignam
As flores murcham
Perdem o perfume
E não mais vêem os passos
Não mais acompanham as idas
Nenhuma vinda
Nunca foram
À margem, só acompanhando os passos
De quem move o mundo.
São os passos que fazem a terra girar?
Ou o giro que faz os passos andar?
As flores à beira da estrada se encantam
Com os sonhadores, os observadores
O pensamento como que lisérgico
O pensamento como que letárgico
Como que ausente
Mas presente em cada detalhe
As flores à beira de estrada gostariam
De poder sonhar, buscar, crer e tentar
Percorrer também
Ver o que ninguém nunca voltou para contar
Mas o perfume que as rodeia
Seu próprio perfume
É inebriante demais
Suas próprias cores
São inebriantes demais
E com medo de perder e de nunca mais ter e sentir
Ficam ali mesmo
Na beira da estrada
Só observando
Sem também pisar e ir aonde os passos vão
Ficam ali
E só vêem passar
Crescendo em direção ao sol e sem nunca alcançar
Já viram os passos
Que pararam logo ali
Por cansaço ou tristeza
Já viram pegadas
Que nunca chegaram a pisar
Pés rápidos em busca de sonhos
Alcançados?
Nunca voltaram para contar
Eles nunca voltam, depois de chegar
Nunca vem contar como foi a estrada
Qual caminho tomar
Como foi a viagem
Valeu a pena?
Faria de novo?
As flores à beira só se preocupam
Com seu próprio perfume
Se inebriam com o perfume das que lhe cercam
Seu próprio perfume
As cores que lhe cercam
Suas próprias cores
O vermelho e o amarelo brilhantes
Se encantam com os passos lentos
Sonhadores
Letárgicos
Como de quem observasse a paisagem
E visse o que escapa ao outros
Que não quer o fim da estrada
O alcançar
E sim o meio
O sentir, o experimentar
O ver e o tentar.
As flores da estrada se alegram com as crianças
E se entristecem com a perspectiva
De deixarem de ser crianças
O tempo passa para as crianças e flores
O vermelho vira negro
As crianças perdem o riso
Não mais buscam atalhos
Nem mais sonham com uma estrada de ladrilhos
Não cantam
Só se resignam
As flores murcham
Perdem o perfume
E não mais vêem os passos
Não mais acompanham as idas
Nenhuma vinda
Nunca foram
À margem, só acompanhando os passos
De quem move o mundo.
São os passos que fazem a terra girar?
Ou o giro que faz os passos andar?
As flores à beira da estrada se encantam
Com os sonhadores, os observadores
O pensamento como que lisérgico
O pensamento como que letárgico
Como que ausente
Mas presente em cada detalhe
As flores à beira de estrada gostariam
De poder sonhar, buscar, crer e tentar
Percorrer também
Ver o que ninguém nunca voltou para contar
Mas o perfume que as rodeia
Seu próprio perfume
É inebriante demais
Suas próprias cores
São inebriantes demais
E com medo de perder e de nunca mais ter e sentir
Ficam ali mesmo
Na beira da estrada
Só observando
Sem também pisar e ir aonde os passos vão
Ficam ali
E só vêem passar
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