Eu escreveria um soneto inteiro, um filme inteiro, só para o seu olhar. Só para ela. Só para contar ao pé do seu ouvido.
Ela entrou naquele espaço caótico quase irradiando serenidade. Veio com passos leves. Se recostou no exato local onde eu poderia apreciar toda a suavidade. A primeira vontade foi uma foto. Tão linda à luz do entardecer. O sol e a sombra disputando os contornos mais belos. E tão logo comecei a realmente prestar atenção, percebi que uma foto não seria o suficiente. Aquele olhar de pequenas belezas não seria propriamente expresso. Aquele olhar quase ingênuo, que parecia sorrir a cada mínimo detalhe. Os olhos percorrendo um cenário mais que banal e extraindo sutileza dele. Sutileza. A palavra mais adequada para uma beleza tão delicada.
E então as palavras mudas começaram a expressar músicas que só para ela existiam. O cantar sem som. O errar sem ninguém perceber. E o sorriso a cada memória que a música despertava. Momentos felizes de um tempo que já se foi. E aquela alienação ao caos circundante só lhe fazia mais bela. O sol batia só no seu rosto e se esquecia do mundo ao redor. Como se a agitação, o movimento e a pressa não conseguissem entrar na sua redoma de serenindade. Nos seus sorrisos tranquilos, na sua admiração inocente. “A beleza está nos detalhes”, já se afirmou. E defronte a mim estava a mais linda prova dessa verdade. Não nos detalhes individuais, mas nos detahes que via e que se fazia perceber. E embalada por músicas para ela significativas, a observação das pequenas sutilezas da paisagem corriqueira era ainda mais agradável. Um sorriso genuíno no rosto, um brilho sonhador no olhar. Um cabelo delicado como de uma criança. Uma criança? Não mais. Porém perder a inocência e a motivação significa perder um pouco de si mesmo.
Eu escreveria toda uma poesia, fotografaria o quanto ela deixasse, só para guardar aquele momento, aquele sorriso que não pode se perder. Só para contar ao pé do ouvido e admirar ao seu lado.
Mas o ruido externo acabou por poluir a frequência da serenidade e o momento singelo de mais pura beleza se perdeu em algum ponto do passado recente. Para nunca mais voltar. Para nunca mais se ver novamente. Para nunca vir a conhecer realmente.
A efemeridade sempre está presente. Mesmo que em certos momentos é tudo o que queremos evitar.
Ela entrou naquele espaço caótico quase irradiando serenidade. Veio com passos leves. Se recostou no exato local onde eu poderia apreciar toda a suavidade. A primeira vontade foi uma foto. Tão linda à luz do entardecer. O sol e a sombra disputando os contornos mais belos. E tão logo comecei a realmente prestar atenção, percebi que uma foto não seria o suficiente. Aquele olhar de pequenas belezas não seria propriamente expresso. Aquele olhar quase ingênuo, que parecia sorrir a cada mínimo detalhe. Os olhos percorrendo um cenário mais que banal e extraindo sutileza dele. Sutileza. A palavra mais adequada para uma beleza tão delicada.
E então as palavras mudas começaram a expressar músicas que só para ela existiam. O cantar sem som. O errar sem ninguém perceber. E o sorriso a cada memória que a música despertava. Momentos felizes de um tempo que já se foi. E aquela alienação ao caos circundante só lhe fazia mais bela. O sol batia só no seu rosto e se esquecia do mundo ao redor. Como se a agitação, o movimento e a pressa não conseguissem entrar na sua redoma de serenindade. Nos seus sorrisos tranquilos, na sua admiração inocente. “A beleza está nos detalhes”, já se afirmou. E defronte a mim estava a mais linda prova dessa verdade. Não nos detalhes individuais, mas nos detahes que via e que se fazia perceber. E embalada por músicas para ela significativas, a observação das pequenas sutilezas da paisagem corriqueira era ainda mais agradável. Um sorriso genuíno no rosto, um brilho sonhador no olhar. Um cabelo delicado como de uma criança. Uma criança? Não mais. Porém perder a inocência e a motivação significa perder um pouco de si mesmo.
Eu escreveria toda uma poesia, fotografaria o quanto ela deixasse, só para guardar aquele momento, aquele sorriso que não pode se perder. Só para contar ao pé do ouvido e admirar ao seu lado.
Mas o ruido externo acabou por poluir a frequência da serenidade e o momento singelo de mais pura beleza se perdeu em algum ponto do passado recente. Para nunca mais voltar. Para nunca mais se ver novamente. Para nunca vir a conhecer realmente.
A efemeridade sempre está presente. Mesmo que em certos momentos é tudo o que queremos evitar.
6 comentários:
Uma foto grava mais do que mil palavras, mas não grava nem uma fração do que a memória grava.
Nada é para sempre, NADA. Então aproveite o máximo possível o que é agora, pra depois não morrer de arrependimento pelo tanto que desperdiçou, pelo tanto que podia ter aproveitado...
Se algo te passa tanta beleza que, no momento, tu não queira esquecer, é algo que deve valer a pena aproveitar todo o momento sem pensar no fim ou nas consequencias...
É bom ter boas memórias, é otimo pensar nelas e sorrir....
[há romantismo barato ;p]
Mas fora isso, um post bem sincero e limpo, um pouco diferente dos outros, bonito de se ler =D
Amor a primeira vista?
Acho que tem alguem que não consegue viver a vida sem uma paixão mesmo.
não é paixão nem amor meus queridos. é só poesia e arte... coisas talvez mais sexys que.... né :PPP
tá não heheh :P
mas sim... ao menos um pouco de movimento meu dia tem que ter :D
"tá, não" [2]
Muito bem! Gostei d texto, além de palavras mostra sentidos e isso é ótim. O escritor escreve com inspiração e não tentando montar palavras bonitas! E seu texto está belo, lembras o conceito de belo?
hehe
beijão menina!
Cuide-se!
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