Nos meus braços, com a mente distante, em todos os cantos, em todas as esquinas, em todos os rostos. Sinto teu calor, teu movimento, tua presença. Completamente ausente. Finjo não perceber, para não deflagrar minha própria carência, finjo que dentro dos meus devaneios passeias somente flores e barcos de papel. Chovem flores na rua e pisamos sobre jóias cintilantes. Uma manhã de inverno e tudo o que mais quero é o teu suspiro ao pé do meu ouvido, sentir teu perfume, tua respiração no meu colo. Uma manhã lenta, preguiçosa e adorável de um inverno um tanto rigoroso. Mais do que deveria. Aquela temperatura amena, e toda uma geada lentamente me perseguindo, vindo da ponta macia dos seus dedos e do seu olhar terno demais.
Quando percebi em mim mesma que tua proximidade, teu beijo, tua paixão me despertavam não mais que o leve arrepio, notei não em ti, mas também em mim que outros amores buscam reclamar para sim uma infinidade de meias emoções e pensamentos confusos. Que me vale contar para ti o que sonhei, e o tipo de sorriso que abri ao acordar? Se sei o que tu mesma sonhaste, e sei que meus sonhos e desejos te trariam não mais que lágrimas? A cada movimento, a cada abraço, a cada carinho te vejo mais e mais buscando outros jardins. E eu aqui covarde, sem a coragem necessária para também admitir que insistentemente anseio por gramas mais macias e conversas mais suaves. Sem a coragem de te deixar partir, com medo de que contigo parta pedaço de mim própria.
E lembro no início, no primeiro olhar, quase arrebataador, que me impediu de ver os mundo caótico ao meu redor, e somente teu olhos, teu sorriso, e por um quase acaso teu corpo todo brincando com as minhas tentações. Arrebatador. Inegavelmente tentador, desde a música, tua voz, teu cheiro, tua presença. E então a atual tranquilidade quase opressora, onde não se sabe se os sorrisos escondem o tédio e se as conversas não passam de uma forma cruel de ver o tempo passar. Não se sabe. Ou se sabe com extrema precisão, mas admitir torna-se demasiado árduo, se te busco tão insistentemente. Uma parte de mim. E quando te tenho, a tranquilidade. Só isso, tranquilidade, nem ao menos arrepios, nem ao menos uma leve ansiedade. Tranquilidade.
E como fizemos o percurso do intenso ao sutil e quase inexistente? Houve caminho? Nessa descida bruca e quase confusa, que busca me confundir e tirar minhas certezas com precisão cirúrgica. Mas então além disso ainda sinto a distância. Não há volta. Te quero tanto que quero outro abraço a me acordar, o teu não me basta. Te quero tanto que não te quero nem um pouco. E tu me quer tanto que pensa e pensa e sonha e deseja e imagina e lembra até, de outros beijos em tuas costas de outras vozes em teus ouvidos. Me quer tanto que minha companhia te entedia.
Mas a vida continua. Te amo amor. Para sempre e agora. Vem mais perto. Continua assim, acreditando que me engana dizendo que está aqui, e teu pensamento é só meu. Jogo o mesmo jogo, não se preocupe.
Quando percebi em mim mesma que tua proximidade, teu beijo, tua paixão me despertavam não mais que o leve arrepio, notei não em ti, mas também em mim que outros amores buscam reclamar para sim uma infinidade de meias emoções e pensamentos confusos. Que me vale contar para ti o que sonhei, e o tipo de sorriso que abri ao acordar? Se sei o que tu mesma sonhaste, e sei que meus sonhos e desejos te trariam não mais que lágrimas? A cada movimento, a cada abraço, a cada carinho te vejo mais e mais buscando outros jardins. E eu aqui covarde, sem a coragem necessária para também admitir que insistentemente anseio por gramas mais macias e conversas mais suaves. Sem a coragem de te deixar partir, com medo de que contigo parta pedaço de mim própria.
E lembro no início, no primeiro olhar, quase arrebataador, que me impediu de ver os mundo caótico ao meu redor, e somente teu olhos, teu sorriso, e por um quase acaso teu corpo todo brincando com as minhas tentações. Arrebatador. Inegavelmente tentador, desde a música, tua voz, teu cheiro, tua presença. E então a atual tranquilidade quase opressora, onde não se sabe se os sorrisos escondem o tédio e se as conversas não passam de uma forma cruel de ver o tempo passar. Não se sabe. Ou se sabe com extrema precisão, mas admitir torna-se demasiado árduo, se te busco tão insistentemente. Uma parte de mim. E quando te tenho, a tranquilidade. Só isso, tranquilidade, nem ao menos arrepios, nem ao menos uma leve ansiedade. Tranquilidade.
E como fizemos o percurso do intenso ao sutil e quase inexistente? Houve caminho? Nessa descida bruca e quase confusa, que busca me confundir e tirar minhas certezas com precisão cirúrgica. Mas então além disso ainda sinto a distância. Não há volta. Te quero tanto que quero outro abraço a me acordar, o teu não me basta. Te quero tanto que não te quero nem um pouco. E tu me quer tanto que pensa e pensa e sonha e deseja e imagina e lembra até, de outros beijos em tuas costas de outras vozes em teus ouvidos. Me quer tanto que minha companhia te entedia.
Mas a vida continua. Te amo amor. Para sempre e agora. Vem mais perto. Continua assim, acreditando que me engana dizendo que está aqui, e teu pensamento é só meu. Jogo o mesmo jogo, não se preocupe.
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