Na minha casa tem um riacho onde a gente molha os pés quando a tarde se faz assim quente. Tem uma rede que preguiçosamente se estica entre duas árvores antigas. As janelas da minha casa acolhem o sol alegre das manhãs com cada gota de luz se dividindo em infinitos arco íris. O ar é perfumado e o toque da grama macia nos pés já é o suficiente para o sorriso do despertar. Na minha casa há sempre um cheiro de torta, um waffle ainda quentinho, umas panquecas para o café da manhã. O mel é mais doce e o pássaros tem o canto mais límpido. Na minha terra a chuva nos molha os cabelos com a delicadeza das tardes de primavera, nos lava os sonhos, nos leva o cansaço. Minha casa nunca ouviu por suas paredes sempre tão calmas as palavras ásperas e os tons elevados. Na minha casa os cavalos me lambem os dedos, anseando por afagos constantes. Os cachorros fazem festa à simples brincadeira, e não se sabe o que é cobrança. Ao correr pelos campos o vento me sopra os cabelos para sussurrar em meus ouvidos cantos de liberdade. E como corro, e como voo. Conheço cada centímetro, cada folha, cada grão, conheço cada animal, e cada olhar. Na minha casa as noites são agradáveis, e os sorrisos florecem com cada amanhecer. Os detalhes se fazem o mais importante, peças principais dessa felicidade tão pura. Na minha casa não há espaço para a pressa, para o cenho franzido, para a distância assim próximos. O cansaço somente fruto de todas as aventuras, todas as felicidades desses dias sempre tão lindos. Não há desgaste, nascendo sempre novo a cada amanhecer, e dormindo sempre tranquilo com o anoitecer estrelado. Sim, na minha casa tem uma varanda, com um banco de almofadas, de onde contamos a cada noite todas as estrelas do céu, procuramos o coelho que se esconde na lua e montamos as constelações mais fascinantes. Até adormecer nos abraços, para acordar com os primeiros raios do sol. Com os pássaros a nos cantar bom dia. Com o vento a nos acariciar as faces. E com esse sorriso, com essa beleza recorrente.
Se me prometer me levar novamente lá, mostrarei-te o caminho, te levarei comigo, te guiarei pela mão, te acolherei os sonhos. Me garanta somente que não fará da minha casa esse lugar aqui que já não sei mais aguentar. Me garanta somente os sorrisos e a tranquilidade. Me tire daqui apenas, não sei mais sustentar meu próprio peso perante toda a pressão tão desnecessária. Te carrego pela mão e te adocico os lábios quando chegares na minha casa que tanto amo. Vou me embora.
Se me prometer me levar novamente lá, mostrarei-te o caminho, te levarei comigo, te guiarei pela mão, te acolherei os sonhos. Me garanta somente que não fará da minha casa esse lugar aqui que já não sei mais aguentar. Me garanta somente os sorrisos e a tranquilidade. Me tire daqui apenas, não sei mais sustentar meu próprio peso perante toda a pressão tão desnecessária. Te carrego pela mão e te adocico os lábios quando chegares na minha casa que tanto amo. Vou me embora.
2 comentários:
Pequetita!
Quanto tempo eu não passava por aqui! u.u
hehe Muito bom os teus textos! ^^
Adorei!
Beijoss e bom resto de semana! (:
Entre todas as minhas casa, exite uma muito simples onde eu dormia em colchão feito de palha. Nesta casa tem um fogão a lenha com café quentinho ao amanhecer. E pela porta da cozinha avistamos a lagoa coberta de névoa, anunciando um dia quente. Temos frutas frescas e maduras e um campo que me faz sonhar, mas acima de tudo, nesta casa tem uma senhora que é a Melhor avó que eu posso ter. Ler teu texto me deu saudade da minha tia avó. =)
Beijo Ale!
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