
Nada é tão simples como julga, meu amor. Cada pequeno ato, cada pequeno gesto, cada pequeno arrepio vem carregado de toda essa carga de pensamentos e todo um dia remoendo os detalhes. Suas inconsequências, amor, não passam batidas. E sei que as minhas palavras pretensamente jogadas ao vento também não voam como andorinhas no verão distante. Sei bem que silenciosamente se alojam aí dentro dos teus olhos, silenciosamente. Definitivamente. E que dorme pensando nas minhas palavras calculadas. Envergonhadas.
Mas deixemos que os ponteiros se apressem. Deixemos as folhas cairem, o branco dominar, e então quem sabe com as flores venha também a compreensão. Não só a tua. A minha anda perdida, escondida. Me ajude a encontrar, e eventualmente te esclareço os sentidos dessas sílabas desconexas.
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